sexta-feira, 5 de junho de 2009

JUÍZAS E PROMOTORAS

APODI, cidade encravada no semiárido nordestino, no estado do Rio Grande do Norte, sofria, como tantas destes rincões sertanejos, pela falta de um Juiz em sua Comarca que, além da sede, ainda conta com qutro termos: Severiano Melo, Itaú, Rodolfo Fernandes e Felipe Guerra.
Representam, as cinco cidades, em termos de habitantes, 80.000, aproximadamente, e somente a cidade sede conta hoje com cerca de 45 mil.
O certo é que Apodi se apresenta como Comarca de 2ª entrância, e, assim, quando para cá vêm os Juízes e os Promotores, promovidos, logo começam a concorrerem em busca de uma 3ª entrância. Destarte sempre nos deixam a ver navios.
Agora nós já temos o Juizado Especial das Pequenas Causas: Cíveis e Criminais, o que fez com que a demanda de processos aumentasse consideravelmente, não bastassem os mais de 6.000 que tramitavam por lá.
Apesar disso, nos últimos anos, apesar da obrigatoriedade dos Juízes terem que residir em suas Comarcas, assim reza a Lei Orgânica da Magistratura, os que são nomeados para o Apodi, geralmente, residem em Natal. Frequentam o Forum na segunda de tarde e se vão na sexta pela manhã.
Mas nem sempre foi assim. Lembro muito bem, quando criança, os Juízes morando com suas famílias na cidade, e pareciam colados a ela porque até 10 anos eu conheci um Juiz que ficou, gostou e quase não vai embora de Apodi.
Mas, depois de todo este intróito, quero dizer que atualmente nós temos duas Juízas e duas Promotoras atuando na Comarca de Apodi. São elas: Dra. Andréia, da Vara Cível, e Dra. Adriana, da Vara Criminal. Enquanto as Promotoras são: Dra. Uliana, atuando na Cível, e Dra. Danielle que atua na Criminal.
Não persistisse, entre elas, o desejo de sempre morarem na capital do Estado, seriam consideradas o primor dos primores em termos de trabalho na Justiça servindo à sociedade desta grande Comarca. Inteligentes, jovens, e com todo o respeito, bonitas. Rápidas no gatilho, isto é, céleres na administração dos autos processuais, além de imensamente simpáticas, as quatro.
Processo nas mãos delas não pára, caminha. Requerimento de advogado não envelhece, tem resposta. Inquérito ou tem denúncia e vai a julgamento, ou então desce para o arquivo. Nada de entulho. Atendimento nota 10. Um espetáculo!
Não, não é exagero. Trabalham as quatro jovens, com destemor e abnegação, ciosas do dever a ser cumprido, dentro da lei, com bom senso, mas com acentuada dose de bom humor. Posso dizer, como atuo na qualidade de advogado - decano da Comarca - com todas elas, conheço-ás, já, de perto, assegurando de que Apodi, desta vez, convenhamos, saiu ganhando com a nomeação das jovens mulheres para o comando da justiça na Comarca.
Participei à todas, de que o município é grande e dotado de um Vale, onde em se plantando tudo dá; uma lagoa, dádiva da natureza, com três léguas de extensão grande atração turística; uma Chapada onde se encontra o segundo terreno mais fértil do Planeta e que abriga famoso Lajedo de Soledade, numa beleza retratada em pedras brutas milenares, com grutas intrigantes repletas de inscrições rupestres e, por fim, Apodi é berço mãe de povo bom e hospitaleiro.
Maneira que as incentivo ficarem por aqui pelo menos por uns 6 anos, não seguirem a trilha dos colegas passados, que, mal chegavam, já contemplavam o horizonte buscando uma saída para uma Comarca de 3ª, o que é de direito e certo, mas que, às, vezes, nem ficavam por meros dois anos e isso causava uma solução de continuidade espetacular no saneamento dos processos.
Bem-vindas meninas do judiciário, que a água quase mineral da terra apodiense faça com que desejem ficar por cá, pelo menos uns 20 anos... não somente os seis que vaticinei, acima.

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