O QUE EU PENSO

O QUE EU PENSO

Penso que se dará um repeteco: tentaram, por que tentaram, os agregados da grande imprensa do Brasil, fazer maré jogando pedras nas águas tranquilas que se transformara a candidatura de Lula, mais acentuadamente no segundo turno.

Agora a mesma coisa é que se avizinha, assim como aquele revoltado ex-marido (ainda há muitos por aí) que, sorrateiramente procura desestabilizar o segundo casamento da mulher (imagine: a oposição tenta desestabilizar o governo, está no Aurélio), o mesmo faz, a grande imprensa do Brasil, contra a candidatura de Dilma Riseff. O pânico toma conta do marido jogado fora pela Nação, isto é, os aficionados do neoliberalismo.

Como não encontram um "discurso" para combater Lula, ou mesmo Dilma, apelam para o derradeiro trunfo: destronar Sarney (nenhum senador é melhor do que Sarney) e, como Lula já deu o troco, segurando o maranhense na presidência daquela Casa desgastada (aliás, aproveito para dizer que o desgaste não de agora, não. Desde quando foi inventado, na proclamação da República, para agradar os derrotados poderosos monárquicos) há um século, por ser um centro de benesses pessoais sem fim, que até ontem um Senador poderia se dar ao luxo de ter uma manicure, passando por tratamento dentário, legião de assessores e até os seus filhos, querendo, estudarriam na Europa, tudo por conta do contribuinte, sem se falar nos benefícios recebidos de empresários mal-intencionados (ou bem-intencionados, que seja)... Tanto era assim, que Darcy Ribeiro já propalava que o Senado Federal era um verdadeiro Édem. E não foi somente aquele senador do Rio de Janeiro que falou isso, Agenor Maria, do meu estado, Rio Grande do Norte, disse, numa fala em plena feira de minha cidade, Apodi: “não foi preciso eu morrer para entrar no céu”. O céu, para ele, era o Senado.

Por que agora toda essa onda? A grande imprensa já sabia, há 15 anos, das nomeações secretas, das passagens vendidas, de avião, que Tasso Jereyssati usava o combustível pago pelo Senado, nos seus aviões, que Arthur Virgílio – que se apresenta na Tribuna praticando o vitupério: “eu sou corajoso”, “eu sou ético”, “não levo desaforo para casa”, “dou uma surra em Lula”, “eu sou melhor senador”, “eu tenho a força!” (aqui ele imitou He-Mam (pronuncia-se He-mem) que sempre vencia Esqueleto, inimigo em seu reino), “Sarney tem que sair”, “e venho do além”... tomou emprestado dinheiro a Agaciel Maia... E por aí segue o rosário confeccionado de 81 senadores – cada um tem uma história para contar, nesse diapasão.

E a grande imprensa só trouxe as mil e uma peripécias senatoriais somente agora? Por quê? Porque tentam jogar o jogo da busca de enrolar Lula com alguma coisa. Veja: Sarney apóia Lula. O PMDB apóia Lula. Sarney pertence ao PMDB. Lula quer eleger Dilma Ruseff. Desmoralizando Sarney, que merece respeito da grande imprensa do Brasil, procuram atingir Lula e a sua candidata preferencial. Claro.

Aí eu concordo com Mino Carta, pois não estão conseguindo nada, apesar das denúncias, as mais esdrúxulas possíveis, publicadas diariamente na grande imprensa do Brasil contra Sarney. Já está cansando o povo. Vai chegar um ponto que Sarney se transformará em vítima. Lembram da grande imprensa do Brasil à época de Getúlio Vargas? Jango?

Agora partem para a CPI da Petrobrás que, seguramente, pode acreditar, não vai dar em nada. Em nada porque não há nada para ser investigado. Como a Petrobrás que é 4ª empresa em todo o mundo no seu ramo? Emprega mais 1.500.000 pessoas? Altamente rentável e eficiente? Vigiada de perto pelo TCU, o MP, a PF, auditores fiscais de todo lado, organismo internacionais, agora vêm, os falidos neoliberais tentarem jogar uma pedra na Petrobrás pensando que, com isso, derrotam a candidata Dilma? Ledo engano.

Finalizo dizendo apenas que, como o povo é sábio, profundo conhecedor da alma humana (muito mais do que aqueles deturpados em suas pseudestesias na Tribuna do Senado a falarem mal de Lula, não mais do seu governo) e apóia o presidente metalúrgico com mais de 80% de aprovação, não caiu na armadilha das mil parafernálias engendradas para pegarem Lula, igualmente estão entendendo a posição atual com relação a Dilma Ruseff, e que tentarem, aqueles desesperados e bombásticos, derrubar Sarney e instalar a CPI da Petrobrás tudo não passa de manobras politiqueiras inúteis.

William Lopes Guerra
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